VAQUEIROS ( Exposição Dragão do Mar)
O início no Ceará data final do século XVII. O gado nativo, pequeno e rijo, que alguns denominam crioulo, é costumeiramente chamado de "pé duro" pelo matuto. Embora descenda dos aqui chegados de Portugal, foi resultado de um longo período de adaptação ao meio e é dotado de uma resistência especial às grandes secas características da região. Posteriormente, foi cruzado com outras raças, entre elas o zebu, o holandês e i jérsei.
Devido à disponibilidade de terras e pastagens, era criado solto. Só veio conhecer limites no século XIX, com o surgimento das cercas motivado pela expansão do cultivo do algodão.
Ninguém mais que o vaqueiro sofre ao ver o gado morrer de fome e de sede, durante as grandes secas. Como responsável pela sobrevivência do rebanho, ele redobra cuidados e não mede sacrifícios. Cava poços especiais, raciona água, retira da caatinga alimentos, corta e queima a palma e o mandacaru para dar ao gado. Caso o boi já não possa se por em pé, faz-lhe uma rede, espécie de estrutura de varas, para evitar que ele se proste em terra, permitindo que continue se alimentando.
Antigos Vaqueiros |
O vaqueiro é figura imprensindível no imaginário sertanejo. Ícone da lealdade e da bravura, ele é o guerreiro e também, o amante cavaleiresco, no romanceiro tradicional da região. Assim aparece no cordel e nos contos tradicionais. Nas cantorias e repentes, nos aboios versejados e, até mesmo, nos terreiros de catimbó e macumba, ele é o herói corajoso que vence o barbatão e conquista o amor da sinhazinha. Já nos reisados, nos bois e no teatro de bonecos, onde aparece como anti-herói, o que se destaca é sua astúcia e molecagem, seja como Pai Francisco, Mateu ou Benedito
O dia do vaqueiro começa muito cedo ao curral, tirando leite das vacas, desmamando bezerros, apartando gado. Depois de uma merenda ligeira, põem-se ao campo, na persiga do gado tresmalhado.
leva alimetação originária do próprio gado ou de alguma criação, queijo e carne seca, complementados com rapadura e a água da borracha. De tarde, volta com algumas reses ainda sol claro para novos afazeres no curral, talvez a cura de uma bicheira ou o "benefício" de uma castração.
O dia do vaqueiro começa muito cedo ao curral, tirando leite das vacas, desmamando bezerros, apartando gado. Depois de uma merenda ligeira, põem-se ao campo, na persiga do gado tresmalhado.
leva alimetação originária do próprio gado ou de alguma criação, queijo e carne seca, complementados com rapadura e a água da borracha. De tarde, volta com algumas reses ainda sol claro para novos afazeres no curral, talvez a cura de uma bicheira ou o "benefício" de uma castração.
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